terça-feira, 23 de outubro de 2012

Perdão


Em nome do amor
tudo posso perdoar,
mas não aceito a dor
do crime de não sabe amar.

Prova do amor é o perdão
mas precisar ser perdoado,
muitas vezes, meu amado.
é a falta dele no coração.





sábado, 6 de outubro de 2012

Prometo

Agora sou apenas sonhos que se romperam,
pelas falsos dizeres que me prometeram.
Agora sou feita de casos mal resolvidos,
Por que entrou no coração, o que disse em meus ouvidos.

Quando algo tu me promete
saiba que se compromete,
mas como uma jura sem valor,
é assim que mostras o seu amor.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Manias


Mania de achar que sou diferente.
Mania de achar que sou especial.
Mas não importa o quanto eu tente,
o que acontece é sempre o igual.

Mania de achar que é único o meu sofrimento.
Mania de achar que finalmente serei feliz.
E ver que ninguém se importa, ou está atento,
Pois vivem as dores e alegrias que lhe condiz.

Mania de fingir que estou bem.
Mania de sorrir e tentar se forte.
E das minhas dores ser refém.
Apenas esperando que eu suporte.

Mania de achar que tudo é um recomeço.
Mania de achar que me aguarda o futuro.
Mas mantenho o passado como endereço
E não mudo, não me aventuro.

Mania de transformar em verso o que sinto.
Mania de com palavras despir minha alma.
Botar pra fora, ficar sempre me expondo,
Para desabafar, e restaurar o que resta de calma.








sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Que morra a esperança



A esperança é a ultima que morre, mas é a que mata todo dia. Ela nos enche de expectativas de forma tão cruel, que nos vemos desapontados, frustrados.
A cada amanhecer a esperança nos enche com um novo motivo para acreditar, para esperar, para sonhar. Tão cruel é a esperança, que vê destruir nossa felicidade e mesmo assim volta todos os dias para nos atormentar e nos fazer perder a noção do real.
A esperança é mesmo a ultima que morre, mas fico a espera que assim como finda a noite, ele vá e não volte. Ilusões cansam, então que morra a esperança, por que assim surgirá um novo recomeço, ou algo em que possamos realmente acreditar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Se cativas, cultiva




Sou como um pássaro, gosto de voar livre e sem destino. Se me cativou, es responsável por mim, já dizia a velha máxima,  mas esqueceram de dizer que não és meu dono.
Se me prender, me aprisionar em uma gaiola, por mais linda que seja, perderei meu brilho, minha natureza, minha vontade de cantar.
Você me cativou, mas ainda sou um pássaro, que precisa amar, mas também voar para ser feliz. Se me cativas, não se preocupe, eu sempre pousarei  em seus braços, quando der vontade.
Se me cativas estarei sempre ao seu lado, sem necessidade de gaiolas, pois ainda sou um pássaro, e mais que amar-te, amo poder estar aonde e com quem quero.
Se me cativas, cultivas esse amor, não na terra firme onde há  raízes, cultive no céu aberto e liberto.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Não tenho medo do escuro



Não tenho medo do escuro,
eu o uso ao meu favor
para manter tudo obscuro
para apagar o meu pavor.

É mais fácil ignorar tudo,
ou fingir que não existe
quando estou no escuro
e minha alma não se aflige


Nas sombras não vejo nada,
e posso fingir que nada existe,
não preciso lembrar de minha jornada,
posso esquecer que estou triste


Nas sombras não há pesar
não vejo a confusão,
e não tenho que lhe dar,
com o limite da minha razão.


Mas eu sei que uma hora,
vai chegar o amanhecer,
e sei que não demora,
para enxergar o que não quero ver.

Por isso, enquanto a luz não vem
mantenho uma vela acessa em constância
pois até o mais profundo escuro precisa saber
que sempre há uma esperança






sábado, 11 de agosto de 2012

Omissão

Ando pelas ruas tão caóticas
vendo tudo sem nada enxergar,
tudo está tão fora de ótica
tanta gente eu poderia ajudar.

Em um beco escuro, uma violação
viro o rosto, finjo nada ver,
pois aqui jaz a consideração
e mora o temer.

Nas beiras das calçadas, um pedido
mais aqui jaz a compaixão,
então ignoro o mendigo
para mim, ajudar é em vão.

Gritos que para mim se fazem sussuros
pedem para trazer à Terra a salvação!
Sei que nada podemos fazer juntos,
pois neste mundo jaz a união.

Ao virar a esquina, então surgiu
o que tanto temi veio sobre mim,
a violência das ruas me antigiu
anunciando sem êxito meu fim.

Ao buscar um socorro, um alento
vejo rostos que a pouco era meu.
Ninguem pra findar meu sofrimento,
não socorri ninguem, ninguem me socorreu.

Então o suspiro do ultimo momento
e aqui jaz um coração,
que viveu por muito tempo
neste mundo de omissão.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Deixei a porta aberta...

Sem um cais seguro, me sentindo perdida,
agora me vejo totalmente desprotegida.

Me apresei em voar
e não sei onde pousar.

Cansada de olhar para o chão, desesperada
sabendo o tombo que me aguarda,

Mas pior é olhar para  passado
e perceber, que está acabado.

Agora estou tentando decidir
continuar a lutar, ou seguir

Mas estou sem forçar pra lutar, ou fingir
vou deixar a porta aberta, se você quiser sair.

 E aberta ela vai continuar
se um dia você quiser voltar.

Estou esperando que você lute pelo que deseja que seja seu
e rezando com todo alma, para que o que queira seja eu.

Mas agora tenho caminhos a percorrer,
para ser livre do medo de sofrer.

sábado, 4 de agosto de 2012

Caminhos


As pegadas no chão
me lembram o caminho.
Percorrido em vão?
uma estrada onde andei sozinho?

Ao lado outras pegadas
as minhas se juntaram
mas sumiram em encruzilhadas
por outras estradas andaram.

Vidas que seguem
lembranças que ficaram
a dor dos que partem
a alegria dos que chegaram.

Uma magoa, uma discussão
ou siplesmente um adeus.
Um sorrir, uma identificação
e caminhos se juntam aos meus

Fui eu quem guiei o meu andar
a cada escolha de novas estradas.
Que tive que percorrer, que vagar.
Com a consequencia de despedidas e chegadas

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Invisíveis




Vidas e histórias se cruzam no calor
de um breve olhar, um breve tocar
em passagens e momentos sem valor
em rua onde andamos sem despertar

Pensamentos, opiniões
guardadas na mente
sem interesse de divulgações
sem o desejo de ouvir atentamente

Aos gritos daqueles que desejam atenção
sou apenas mais um invisível
seus berros não destroem a omissão
pois também somos inaudivéis

Se misturam na multidão
histórias, lições, momentos
sem o toque da emoção
invisíveis a olhares desatentos

E assim seguimos
no meio da multidão
imperceptível nós somos
mas eles também são.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Que paz é essa?


Essa paz que dizemos viver
que cala nossa alma
que nos faz temer
que nos tira a calma.

A paz que vivemos
precisa de grades, cadeados
onde nos aprisionamos
pra vivermos cercados.

Essa é a paz?
com gritos de socorro abafado.
Ninguem nada faz
com medo de ser atacado.

Esta é a paz então?
Que nos separa de bandidos
para vivermos na prisão,
onde a rua é o perigo.

"Sorria, você está sendo filmado"
tornou-se nossos olhos atentos
da paz do ser humano desconfiado
temendo ataques violentos.

Silencio não é paz...
silencio é temer
do mundo que nos traz
a necessidade de sobreviver!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Sinto falta...




Sinto falta do que é essencial
um sorriso por nada demais
uma lágrima real
um olhar que expresse algo mais...

Sinto falta daquilo que é banal
de não se preocupar com o tempo
expressões sem trejeitos, só o trivial
de apenas sentir o vento

Sinto falta daquilo que importa
de ler um bom livro, uma bela poesia
ouvir uma musica que me toca
uma amizade, um amor, uma companhia

Sinto falta daquilo sem valor
um conselho não seguido
"palavras ditas no liquidificador"
daquilo que nem sequer foi dito

Apenas sinto falta,
de pequenas e grandes coisas
que tornam a vida o que ela é
de momentos e escolhas.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Inconstancias


Preciso de mudanças constantes
de momentos fascinantes.
De grande atos
produzidos pelo acaso.

O diferente me atrai,
a inconstância me distrai,
até que o diferente
se torna banal novamente.

É então que prefiro o igual,
ou até mesmo o normal,
para a rotina mudar
o cotidiano alterar.

Vejo na  vida a beleza da mudança.
Ser de fases, de inconstâncias.
De ter a certeza do que pensar e ser,
e mudar tudo quando o dia nascer.

Tornei minha efemeridade habitual?
Minha inconstância banal?
Então é hora de mudar, enfim.
E fazer disto um ciclo sem fim.

domingo, 29 de julho de 2012

Aprendi com um passarinho

Ao acordar olho pela janela
e não foi a aquarela
do amanhecer que me chamou a atenção
foi o voar de um passarinho sozinho e sem direção.
Tão livre, mas também tão sozinho,
ia sem rumo o pobre passarinho,
tão sem compromisso era o seu voar,
que me ensinou uma lição  difícil de aceitar.
O simples passarinho sem querer, veio me ensinar
que para rasgar céu, e ir em direção ao que quer conquistar
não se pode voar com as asas de ninguém,
tem que criar suas próprias asas para ir além.
Mas o passarinho também veio me ensinar
que é errado aprender a voar
antes de ter força e os pés fincados no chão
para sabe que com firmeza eles pousarão.
Tenho que aprender com o passarinho
que antes de fazer um ninho
é preciso aprender a voar
e principalmente ser forte para saber aterrizar.