terça-feira, 25 de setembro de 2012

Manias


Mania de achar que sou diferente.
Mania de achar que sou especial.
Mas não importa o quanto eu tente,
o que acontece é sempre o igual.

Mania de achar que é único o meu sofrimento.
Mania de achar que finalmente serei feliz.
E ver que ninguém se importa, ou está atento,
Pois vivem as dores e alegrias que lhe condiz.

Mania de fingir que estou bem.
Mania de sorrir e tentar se forte.
E das minhas dores ser refém.
Apenas esperando que eu suporte.

Mania de achar que tudo é um recomeço.
Mania de achar que me aguarda o futuro.
Mas mantenho o passado como endereço
E não mudo, não me aventuro.

Mania de transformar em verso o que sinto.
Mania de com palavras despir minha alma.
Botar pra fora, ficar sempre me expondo,
Para desabafar, e restaurar o que resta de calma.








sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Que morra a esperança



A esperança é a ultima que morre, mas é a que mata todo dia. Ela nos enche de expectativas de forma tão cruel, que nos vemos desapontados, frustrados.
A cada amanhecer a esperança nos enche com um novo motivo para acreditar, para esperar, para sonhar. Tão cruel é a esperança, que vê destruir nossa felicidade e mesmo assim volta todos os dias para nos atormentar e nos fazer perder a noção do real.
A esperança é mesmo a ultima que morre, mas fico a espera que assim como finda a noite, ele vá e não volte. Ilusões cansam, então que morra a esperança, por que assim surgirá um novo recomeço, ou algo em que possamos realmente acreditar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Se cativas, cultiva




Sou como um pássaro, gosto de voar livre e sem destino. Se me cativou, es responsável por mim, já dizia a velha máxima,  mas esqueceram de dizer que não és meu dono.
Se me prender, me aprisionar em uma gaiola, por mais linda que seja, perderei meu brilho, minha natureza, minha vontade de cantar.
Você me cativou, mas ainda sou um pássaro, que precisa amar, mas também voar para ser feliz. Se me cativas, não se preocupe, eu sempre pousarei  em seus braços, quando der vontade.
Se me cativas estarei sempre ao seu lado, sem necessidade de gaiolas, pois ainda sou um pássaro, e mais que amar-te, amo poder estar aonde e com quem quero.
Se me cativas, cultivas esse amor, não na terra firme onde há  raízes, cultive no céu aberto e liberto.